Autor: George R.R. Martin &
Lisa Tuttle
Editora: Leya
Ano de lançamento: 2018
Sinopse: George R.R. Martin, autor
de “As Crônicas de Gelo e Fogo” e “Wild Cards”, e Lisa Tuttle reuniram seus
talentos para presentear o leitor com Santuário dos Ventos, uma obra ambiciosa e emocionante, que, combinando ficção científica e
fantasia, chega às livrarias pela LeYa. O romance, ambientado num planeta
distante, conta a história de Maris e seu sonho de se tornar um dos voadores,
grupo de habitantes mais prestigiado do Santuário dos Ventos. Para isso,
recorrerá a tudo que estiver a seu alcance para conquistar as preciosas asas –
abalando a sociedade em que vive e gerando uma série de novas questões morais
entre os voadores e os “confinados à terra”. Afinal: quem merece ganhar os
céus? E até que ponto a benção se torna também uma maldição?
“O fato de uma coisa sempre ter sido feita de um jeito não quer dizer que a mudança não seja possível, ou desejável.”
Infelizmente a leitura de Santuário
dos Ventos não me surpreendeu ou me prendeu como gostaria que tivesse
acontecido. O começo se desenrolou bem, com a apresentação da protagonista na
infância até a adolescência. O livro se torna desinteressante na segunda parte
para frente.
Perdoem-me os fãs de R.R. Martin, mas
essa obra especificamente não foi o que esperava do autor.
Maris e seu drama não conquistaram,
entendo que a premissa talvez fosse criar uma personagem forte, adulta e
centrada em mudar os paradigmas da sociedade que ela vive, mas fizeram isso tão
bem, que para o leitor fica difícil entende-la e se solidarizar com o seu sonho.
Ela é uma personagem enigmática para os demais, mas acabou sendo pra mim
também.
O período em que a história se passa
também é outro ponto que pode causar confusão. A contra capa fala de um suposto
contexto de naves intergalácticas e elementos espaciais que desembarcam no
universo de Santuário dos Ventos, porém, à este assunto, um único parágrafo é
utilizado para descrê-lo, ou seja: faltou uma melhor contextualização. Da mesma
maneira, ocorre com "monstros" citados nos resumos disponíveis. Eles
aparecem muito pouco, gostaria de ter visto mais ação nesse sentido.
Tento sempre ver um lado positivo em
cada história, em cada livro, mas definitivamente este não foi o caso. Fiquei
esperando algo grandioso, algo que exigisse mais da força que a personagem
principal apresentava, também esperava que outros personagens pudessem ser
melhores desenvolvidos e as relações pudessem ter mais força.
Para não falar que o livro todo ficou devendo, achei o desfecho dado à história até digno, sem tentativas de rodeios ou enrolações.
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